CÓDIGO 168 - R$ 10,00 ( A coleção toda!) |
Revistas trazendo coletâneas de tiras em quadrinhos nunca tiveram, no Brasil, grande longevidade. Entre as de maior sucesso, em décadas anteriores, podemos destacar A Patota, O Grilo e Eureka.
Eureka foi a primeira revista da linha de quadrinhos da extinta Editora Vecchi, que chegou a ter grande participação neste mercado, com diversos títulos em banca. Além das tiras, todo número apresentava uma ou duas histórias fechadas. A revista teve 12 números, mais duas edições extras.
Quando a Vecchi negociou os direitos sobre os personagens, os considerados "top de linha" já estavam em poder da revista A Patota, da Editora Artenova. Entre eles Mafalda, Peanuts, Pogo, Frank e Ernest, Hagar, Zé do Boné, Kid Farofa e outros.
Portanto, acabaram ficando com a "sobra", mas, ainda assim, muito material de qualidade, de muito sucesso, inclusive com várias tiras que foram publicadas em jornais brasileiros de grande circulação.
O editor responsável pela revista é bastante conhecido dos leitores brasileiros, ainda hoje: Otacílio D'Assunção, o Ota, editor da Mad nacional.
A tiragem do primeiro número da Eureka foi de 80 mil exemplares, mas vendeu somente 20 mil. A partir do número 2, houve diminuição na tiragem e a revista manteve uma venda de cerca de 10 mil revistas por edição.
Eureka #4A publicação começou com 100 páginas; no número 4 passou para 84; e na edição 11 diminuiu para 68, mas sempre com o mesmo formato, no padrão da revista Veja.
Eureka teve duas edições extras, uma delas foi Eureka Terror apresenta Spektro, que "vingou" e acabou durando 26 números.
A outra foi Eureka Aventura, somente com histórias completas. A idéia, na verdade, era que fosse uma outra revista periódica, mas não emplacou. A maior parte do material publicado na revista era proveniente da Europa, como, por exemplo, Andrax (desenhos de Jordi Bernet) e Capitão Terror, da Espanha; Garra de Aço, da Inglaterra; Jugurta, O Águia e Chinatown, da Bélgica; e Smith & Wesson, da Itália.
Eureka apresentou também com breves biografias (Flavio Colin, Steve Canyon), análises de lançamentos nacionais e internacionais, seções de cartas e diversos textos, como a história da revista Mad (publicada, na época, pela Vecchi), e também uma interessante análise sobre tiras de jornais que saíam no Brasil.
O primeiro número da revista chegou às bancas no ano de 1974, e o último e derradeiro em 1979. Uma aula de história em quadrinhos, tanto pela diversidade, quanto pelo conteúdo em si. Com certeza, deixou saudades em muita gente.
Merecem atenção especial as capas dos números 11 e 12 da revista, respectivamente por Flavio Colin e Will Eisner. Tanto pelo saudosismo, quanto pela qualidade do material, mereceriam, certamente, virar pôsteres. Ou melhor, um quadro. Afinal, estamos no Museu dos Quadrinhos!
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